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Tamarindo

O tamarindo (Tamarindus indica L.) é um fruto originário das savanas africanas, embora o cultivo e a exportação sejam explorados principalmente pela Índia. No Brasil, a fruta é bastante consumida no Norte e Nordeste. Tipicamente, fazem-se sucos e sobremesas, que são largamente apreciados pelo seu caráter agridoce, marcadamente ácido.

No sudeste, encontram-se principalmente polpas congeladas de tamarindo, o que também ocorre com outras frutas essencialmente encontradas nas regiões mais quentes do país.

Botânica/Descrição/Composição

O tamarindeiro, também chamado tamarineiro - tem nome científico Tamarindus indica, L., Dicotyledoneae, Leguminosae (Cesalpinioideae).

É árvore frutífera e bastante decorativa; sua altura pode chegar aos 25m. Seu tronco devide-se em numerosos ramos curvados formando copa densa e ornamental; as folhas são compostas e sensíveis (fecham por ação do frio), flores hermafroditas amarelas ou levemente avermelhadas (com estrias rosadas ou roxas) que se reúnem em pequenos cachos axilares. Fruto - tamarindo ou tamarino - é vagem alongada com 5 a 15 cm. de comprimento, com casca pardo-escura, lenhosa e quebradiça; as sementes em números de 3 a 8 estão envolvidas por uma polpa parda e ácida contendo açucares (33%), ácido tartárico (11%), ácido acético, ácido cítrico.

Cem gramas de polpa contém 272 calorias, 54 mg. cálcio, 108 mg. fósforo, 1 mg. de ferro, 7 ug. Vit. A, 0,44 mg. Vit. B e 33 mg. Vit. C.

Usos do Tamarindeiro

Fruto: a polpa, com sabor agridoce, é usada no preparo de doces, bolos, sorvetes, xaropes, bebidas, licores, refrescos, sucos concentrados e ainda como tempero para arroz, carne, peixe e outros alimentos.

Sementes: ao natural servem de forragem para animais domésticos; processadas são utilizadas como estabilizantes de sucos, de alimentos industrializados e como goma (cola) para tecidos ou papel. O óleo extraído delas é alimentício e de uso industrial.

Folhas: o cerne da madeira é de excelente qualidade e pode ser usado para diversas finalidades; forte, resistente à ação de cupins, presta-se bem para fabricação de móveis, brinquedos, pilões, e preparo de carvão vegetal.

Necessidades da planta: Clima - A planta pode ser cultivada em regiões tropicais úmidas ou áridas; a temperatura média anual deve estar em 25°C, as chuvas anuais entre 600 e 1500mm.; a planta requer boa intensidade de luz e é sensível ao frio.

Solo - Devem ser profundos, bem drenados, pH entre 5,5 e 6,5, de preferencia areno-argilosos. Evitar solos pedregosos e sujeitos a encharcamento.

Plantio

Mudas: de ordinário as mudas são formadas a partir de sementes que são lançadas ao solo a 2–3 cm. de profundidade em linhas de 15 cm. sobre canteiros de terra constituído de mistura de terriço (3 partes) e esterco de curral bem curtido (1 parte). Com 10 cm. de altura as mudas vigorosas são transportadas para sacos de polietileno 18 cm. x 30 cm.; alcançando 25 cm. de altura a muda estará apta ao transplantio.

Espaçamento / Covas: espaçamentos de 10m. x 10m. (100 plantas por hectare), 12m. x 12m. (69 plantas por hectare) ou 10m. x 8m. (125 plantas por hectare) são comuns. As covas podem ter dimensões de 50 cm. x 50 cm. x 50 cm. ou 60 cm. x 60c,. x 60 cm.; na sua abertura separar a terra dos primeiros 20 cm.

Adubação básica: lançar no fundo da cova 500 gramas de calcário dolomítico cobrir levemente com terra; misturar, à terra de separada, 15 litros de esterco de curral bem curtido + 500 gramas de superfosfato simples e + 120 gramas de cloreto de potássio e lançar na cova trinta dias antes do plantio.

Plantio: deve ser feito no início do período chuvoso e em dias nublados; irrigar a cova com 15 litros de água e proteger o solo, em torno da muda, com palha ou capim seco sem sementes. Deixar colo da muda ligeiramente acima da superfície do solo.

Tratos Culturais

Controle de ervas deve ser feito, periodicamente, com capinas em "coroamento" em volta da muda.

Podar galhos secos, doentes e aqueles que se dirijam para dentro da copa.

Efetuar adubações em cobertura, com leve incorporação, sob copa, segundo quadro de indicação abaixo:

Quadro 1 - adubações anuais em cobertura para tamarindeiro. (gramas por planta e por vez).

Pragas

Mosca-da-Madeira

O adulto é mosca escura, com asas amarelo-escuras, com 31–35 mm. de comprimento. A fêmea põe ovos na casca da árvore de onde saem lagartas que perfuram o caule, abrem galerias e penetram até o lenho.

Controle
obstrução dos orifícios com tampões de madeira, injeção, no orifício, de paratiom metílico,[1] e caiação do tronco com calda de 3 kg de cal + 3 kg de enxofre em 100 litros de água.

Broca-das-Sementes

O adulto é besourinho escuro com 2 mm. de comprimento e que perfura a casca do fruto, destroe a polpa e põe ovos nas sementes; as lagartas destroem as sementes.

Controle
pulverizar frutos ainda verdes com produtos à base de endosulfan[1] ou Triclorfom.[1]

Coleobroca

O adulto é besouro com 20mm. de comprimento, cor castanho-clara, antenas longas; a forma jovem é lagarta branca e sem patas que broqueia tronco e ramos abrindo galerias.

Controle
poda e queima as partes atacadas e pulverizações preventivas de tronco e ramos com eldosulfam; ainda aplicar 1cm. de pasta de fosfina por orifício e vedá-lo com cera de abelha.

Colheita / Rendimento

A planta entra em produção entre 4-6 anos pós plantio e pode produzir ao longo de duzentos anos. Após alcançar a maturação o fruto pode permanecer na árvore por várias semanas.

O ponto de maturação é reconhecido quando a casca do fruto torna-se quebradiça partindo-se facilmente à pressão dos dedos; deve-se colher o fruto amadurecido na planta.

Cada tamarindeiro adulto pode produzir de 150 a 250 kg de frutos por ano (12 a 18 toneladas por hectare).

Raphael Chespkassoff

Raphael Chespkassoff

Publicitário, fotógrafo e amante da natureza. A ideia deste blog é realizar a troca de experiências e informações.

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